domingo, 22 de dezembro de 2013

Primeira Igreja Batista do Pará, em Belém.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Pregando e cantando na PIB do Cristo:
 Celebração dos 17 Anos Anunciando a Jesus Cristo!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A Deus toda honra, glória e louvor!

sábado, 26 de outubro de 2013

Somente pela Fé! Glória ao Senhor!

sábado, 12 de outubro de 2013

 Feliz Dia das Crianças, com a paz do Senhor em todos os lares!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Deus lhe abençoe!

sábado, 3 de agosto de 2013

DEIXANDO DE SER "GABRIELAS"




 

 Pr. Raul Marques


             Na canção popular Modinha para Gabriela, o autor afirma: “Eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim: Gabriela, sempre Gabriela!”. Esta é a chamada Síndrome da Dureza Comportamental; isto é, este é o formato da personalidade ou do caráter que se concebe imutável. Não são poucas as pessoas que se incluem neste drama existencial; que não aceitam orientação ou ajuda que lhes propiciem mudanças de atitudes, de ações e de alternativas para serem seres melhores, mais serenos, mais tranquilos, mais flexíveis e que, se aceitando assim, acolham também os outros com maior leveza, sensibilidade e amor.

Ninguém está pré-ordenado a ser sempre o que foi; não há um determinismo clínico ou espiritual, social ou existencial que encaixe as pessoas em sistemas que jamais possam ser alterados. Na Bíblia, por exemplo, o apóstolo Paulo afirma que para alguém provar “qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.1-2), é preciso que haja uma transformação do entendimento, não aceitando simplesmente as coisas deste mundo como situações da predestinação dos seres humanos.

O mesmo Paulo afirma que o homem “deve examinar-se a si mesmo”(I Cor 11.28); este é um estágio de compreensão pessoal para que as mudanças ocorram. Ele parte do princípio de que, como cristãos, por exemplo, não podemos e não devemos ser como fomos: “aquele, pois, que está em Cristo, é nova criatura; as coisas velhas se passaram, eis que todas se fizeram novas” (II Cor. 5.17). Por que, então, somos tão teimosos e aceitamos com despreparo o dilema daqueles que, por não temerem a Deus, insistem em viver como Gabriela? Será que é verdade que, se nascemos assim temos morrer assim? É óbvio que não!

Precisamos, portanto, começar a mudar as atitudes! Não fomos chamados para uma vida de “mesmismos”. Deus quer algo diferente de nós. A sociedade espera algo diferente de nós. A Igreja anseia por atitudes e ações diferentes em nós. Como diz a canção do grupo Logos: “A começar por mim, quebra corações...”. Mudar é preciso, é bom e nos faz melhores!

sábado, 6 de julho de 2013

ENTRE O PRAZER E O SACRIFÍCIO...

   Pr. Raul Marques
                  A vida que Jesus Cristo viveu será sempre o nosso mais completo manual e fonte inesgotável de sabedoria, onde podemos encontrar respostas para as nossas angústias, anseios, prazeres e sacrifícios que valham a pena continuar neste mundo, ainda que, como “peregrinos e forasteiros”, conforme reconheceu o apóstolo Pedro.

Certa vez Jesus afirmou diante dos seus discípulos: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra” João 4.34. Alimentar-se é, além de uma necessidade, um prazer humano dos mais cultivados. É óbvio que o Mestre tinha fome e os seus discípulos estavam certos disso, porém, Jesus lhes fala sobre uma fome que não pode ser saciada com coisas perecíveis. Ele fala de um prazer muito particular: fazer a vontade de Deus e realizar a Sua obra. Este fato se sobrepunha a quaisquer outros que viesse a vivenciar. Não obstante, mesmo aquilo que nos dá prazer em realizar cansa e fatiga. Não é o cansaço de perder o apetite, mas a tenebrosa sensação de compreender a linha tênue entre o fim do prazer e o princípio do sacrifício.

Tudo o que Jesus realizou estava recheado do prazer do cumprimento, entretanto, dentre tantos momentos singulares entre o prazer e o sacrifício, nenhum foi tão altamente tenso e questionador quanto aquele em que Ele desabafou a Sua inquietação perante Deus: “Jesus saiu, então, e foi, como de costume, para o monte das Oliveiras. E os discípulos seguiram também com Ele. Quando chegou ao local, disse-lhes: "Orai para que não entreis em tentação". Depois afastou-Se bruscamente deles até à distância de um tiro de pedra, aproximadamente, e, posto de joelhos, começou a orar dizendo: "Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice, não se faça, contudo, a minha vontade mas a tua". Então vindo do Céu, apareceu-Lhe um anjo que O confortava. Cheio de angústia, pôs-se a orar mais instantemente o suor tornou-se-Lhe como grossas gotas de sangue, que caíam na terra. Depois de ter orado, levantou-Se e foi ter com os discípulos encontrando-os a dormir devido à tristeza. Disse-lhes: "Porque dormis? “Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação” Lucas 22.39-46. Neste momento agudo da vida de Jesus “o vinho” não tinha o componente do prazer, posto que se revelara ali a face mais cruel do sofrimento sacrificial. O “vinho” tinha gosto de fel! A “obra” tinha o peso da humanidade inteira mergulhada no mais profundo tremedal de lama, no pecado.

Felizmente nós também temos os mesmos sentimentos do Mestre... Quantas vezes nos sentimos no limiar do prazer e do sacrifício? Querendo continuar fazendo a Sua vontade, comendo a Sua comida, nos vemos diante do amargor do vinho que é sempre servido nos cálices da amargura, da tristeza, do torpor e da indiferença? Ainda assim, com toda esta ambiguidade própria da nossa humanidade frágil, continuamos a sentir como o nosso Mestre, como Ele fez com os seus discípulos: “Antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, e havendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” João 13:1.

terça-feira, 18 de junho de 2013


MUITO ALÉM DE DEZ CENTAVOS...
Pr. Raul Marques

A Bíblia relata um fato ocorrido com certa mulher que havia perdido algumas moedas dentro de sua própria casa e que, logo em seguida, foi diligentemente procurá-las até que as encontrasse, tal era a sua necessidade e o seu senso de responsabilidade no tratamento dos bens familiares. A parábola contada em Lucas 15:8-10 ajuda-nos a compreender que os brasileiros acordaram para um Manifesto Nacional muito além de dez centavos... Tal como na parábola, não queremos nos deter nos vândalos ou depredadores do patrimônio que porventura tenham tentado protagonizar a história encaminhando-a a um despropósito. Ansiamos isto sim, fazer uma paráfrase, livres da conotação teológica, mas bem próximos da questão social.

 Nos últimos dias assistimos ininterruptamente manifestações crescentes em várias capitais e em inúmeras cidades mais populosas do país, que tiveram sua gênese nos “centavos” a mais que seriam cobrados nas passagens de transportes urbanos. O fato é que, não eram apenas os centavos que estavam em jogo; eram os bilhões e bilhões que construíram suntuosos campos de futebol, que foram lançados na mídia dos “Ali Babás” e também dos “quarenta ladrões (?)” que há séculos lançam mãos nos cofres da República. Até aqui não tínhamos ainda assumido publicamente a indignação do povo brasileiro que se sente humilhado e ultrajado, além de traído e colocado no “banco de reservas”, sem a menor possibilidade de entrar em campo outra vez.

Nunca antes na história deste país os centavos valeram tanto! Foram eles que acordaram a nação para o sucateamento da saúde, a desvalorização dos profissionais da Educação, a manipulação dos poderes, a violação dos direitos, o abafamento da Crise Institucional, a desmoralização da função política, as aberrações religiosas, a desmoralização da Família, o enriquecimento galopante dos “donos do dinheiro”, o desprezo pela fome e a miséria nos sertões, a violência gritante, a imoralidade, enfim, a fantasiosa inclusão do país no primeiro mundo à custa do empobrecimento dos indivíduos, com ações lúdicas de mídias circenses em conluio.  

Na parábola bíblica, após se dar conta de que havia perdido uma moeda, a mulher toma a decisão de procurá-la “diligentemente” até encontrá-la. O Brasil, afinal, se deu conta de ter perdido a sua moeda... Deste modo, chamou a sua gente, aliás, “brava gente brasileira”, para encontrar com diligência o seu prejuízo. Os Estados e as Cidades foram sensibilizados a procurarem juntos por uma solução. O Brasil foi às ruas. O povo acordou para o poder que possui. A nação despertou para a valorização dos seus valores mais profundos, que passam além do país do futebol e do carnaval; que rendem muito mais do que todas as transações bilionárias do mundo da “bola (?)” e que não estão nas Ilhas Cayman e nem em nenhum outro paraíso fiscal; está, isto sim, aqui dentro deste gigante pela própria natureza: o seu povo trabalhador!

Como na parábola, é hora de chamar os vizinhos para a celebração da moeda que foi achada. O caminho da dignidade foi reencontrado!   

domingo, 16 de junho de 2013

POR QUE SOMOS TÃO PRETENSIOSOS?

POR QUE SOMOS TÃO PRETENSIOSOS? 
Pr. Raul Marques
 
Em Mateus 20, encontramos um caso bem específico e bem exemplar sobre as nossas pretensões humanas relativas àqueles assuntos mais agudos sobre a fé, sobretudo, quando nos reconhecemos “donos” de Deus; isto é, Ele é “nosso” Deus e, portanto, haverá de sempre reconhecer as nossas ambições pessoais.

A mãe de Tiago e João não foi uma mãe diferente de mim e de você. Para ela, Tiago e João eram: 1) os melhores filhos do mundo; 2) aqueles que mais amavam o Senhor; 3) os que agiam com mais fidelidade. E, por estas e por tantas outras boas características que eles possuíam, ela tinha em seu coração uma reivindicação a ser feita ao Senhor”. O relato que encontramos em Mateus 20.20-28 enquadra criticamente os presunçosos, os que são demasiadamente narcisistas e se acham sempre mais bonitos e mais merecedores dos favores divinos que os demais mortais.

Podemos perceber que, também no nosso dia a dia, as nossas pretensões tendem a ser sempre em favor do nosso ego, quer seja nas visões positivas ou negativas. Se positivas, requeremos para nós o merecimento das melhores situações da vida; dos favores exclusivos de Deus e da atenção de todo o restante da sociedade. Se negativas, apontamos os nossos sofrimentos como os mais dignos de amparo e diligências; que as nossas angústias são mais dramáticas, de modo que ninguém se ocupe de nada mais além de nós.

Há pessoas que se consideram as mais belas ou as mais inteligentes que todas as demais. Há pessoas que se vêem através de lentes de aumento e outras, no entanto, necessitam de lupa para notarem sua pequenez. Por que, afinal, temos em nós esta desequilibrada postura? Por que será que nos vemos como verdadeiros elefantes e todo o restante como meras formiguinhas? Por que será que temos os nossos valores sempre mais elevados que os dos demais? Por que será que tratamos os defeitos alheios como jamais existentes em nós? Por que, na maioria das vezes, somos juízes implacáveis das condutas de outrem e, conosco, tão maternais? Por que julgamos merecer as melhores posições, os melhores lugares, as maiores chances, o perdão e a benevolência de todos, a despeito das credenciais alheias?

Pois bem, a mãe de Tiago e João, não obstante as muitas mães presentes nas multidões que acompanhavam o Mestre Jesus, não de conteve na pretensão de expressar a política protecionista e pretensiosa de todos os humanos: “Dize que estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu reino” Mateus 20:21. Jesus, porém, respondendo, disse: “Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu hei de beber, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado? Dizem-lhe eles: Podemos. E diz-lhes ele: Na verdade bebereis o meu cálice e sereis batizados com o batismo com que eu sou batizado, mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence dá-lo, mas é para aqueles para quem meu Pai o tem preparado. E, quando os dez ouviram isto, indignaram-se contra os dois irmãos. Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal; E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos” Mateus 20:22-28. Dá-me sabedoria, Senhor, para jamais pretender, exclusivamente para mim, aquilo que deve ser dividido com todos...    

domingo, 9 de junho de 2013

HOJE EU SEI QUEM ME CUROU...
Pr. Raul Marques

Alguém já disse que “Viver é uma arte”; eu creio que tenho aprendido a viver e a conviver através das pinceladas contundentes nas telas da vida; dos textos lidos no livro do Ser, com as lentes da experiência; dos dramas da própria existência humana; enfim, de todas as artes que compõem esta enorme academia existencial... Arrisco-me a dizer que, nesta escola, hoje sou um aluno muito mais aplicado e seguro.
Os últimos quinze anos da minha vida foram marcados por alegrias incontestáveis, conquista de amizades sinceras, registros de vitórias inenarráveis, porém, como a dialética da existência também se compõe pelos dualismos, não posso esconder as marcas deixadas por feridas profundas na alma, decepções com quem jamais esperei, traições dos que cuspiram no prato em que comeram; violação de direitos, injúrias e atitudes covardes de quem, graças a Deus, consegui perdoar definitivamente. Embora as feridas deixem marcas, é sobre elas que desejo falar. É ato de regurgitar o gosto amargo remanescente para, enfim, viver aliviado dos enjoos e dos refluxos que teimaram em aparecer surpreendentemente...
À semelhança de Jesus, fui traído por amigos muito próximos. A minha amizade foi negada por estas pessoas quando mais necessitei delas. Entretanto, também à semelhança do Mestre, hoje posso orar com leveza de coração: “Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem...”.  
O meu “calvário” durou tanto tempo que por vezes pensei que havia chegado ao fim... A minha alma sofria sem consolo; o luto pelas perdas era tão intenso que minguavam as minhas reservas de forças... As rupturas foram tão abruptas que pareciam ficção, jamais uma realidade exposta diante de mim. Como os discípulos do Mestre, muitos se colocaram apáticos à conspiração latente e permaneceram calados, apenas olhando à distância. Alguns poucos se aliaram aos fariseus, preferiram fazer de conta que nada sabiam das condutas escabrosas dos mesmos que, em outros momentos, se acusaram mutuamente. O pecado é semelhante ao diabetes, se não tratado conduz imediatamente à cegueira e à morte.

Quantas vezes eu chorei com a impressão de que não havia mais sonhos pra sonhar... O diabo se aproveitou deste quadro para levar-me às mesmas condições de Jó: perdi tudo, (a exceção da família e fé). Como ele, eu também pensei: “O Senhor deu, o Senhor tirou; bendito seja o nome do Senhor!”. Eu continuava sendo tratado por Deus em silêncio. O mesmo Senhor que me fez o chamado, tratava-me em meio a todas essas adversidades. Hoje, passados todos estes anos, depois de tantos tratamentos médicos, tantas orações pessoais e intercessão de centenas de verdadeiros irmãos e amigos, olho para trás e vejo no chão da minha existência as pegadas na areia; o Senhor me trazia nos Seus braços... Hoje, com a lucidez da minha fé, não tenho dúvidas: Hoje sei quem me curou! Hoje também, a minha esperança é a de que o Senhor esteja curando aqueles que tentaram matar os meus sonhos e me fazer desistir... Eu sei que o meu Redentor vive!

sexta-feira, 31 de maio de 2013

"Tudo é possível ao que crê"
De acordo com a permissão de Deus!

sábado, 11 de maio de 2013


Feliz Dia das Mães!
Que o Senhor lhe acrescente dias de vida e paz!

terça-feira, 2 de abril de 2013

A nossa folha de figueira...
Pr. Raul Marques - Gênesis 3

sexta-feira, 1 de março de 2013

VIRTUDES
Pr. Raul Marques


Virtude é uma disposição estável em ordem a praticar o bem; revela mais do que uma simples característica ou uma aptidão para uma determinada ação boa: trata-se de uma verdadeira inclinação. Virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente. A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Segundo Aristóteles, “é uma disposição adquirida de fazer o bem, e ela se aperfeiçoa com o hábito”.
Albert Einstein, a quem se atribui esta frase, disse: “Não tentes ser bem sucedido, tenta antes ser um homem de valor”. O verdadeiro sucesso pessoal, independentemente das conquistas materiais, é precedido de atitudes virtuosas, das marcas acentuadas pelo caráter e, sobretudo, por uma capacidade da personalidade esperançosa, altruísta e honesta de quem espera receber de Deus tudo o que é necessário à vida. Confúcio, por sua vez, ensina: “Quando vires um homem bom tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo”. Para Pitágoras, “a melhor maneira que o homem dispõe para se aperfeiçoar, é aproximar-se de Deus”. Os filósofos avaliavam e consideravam tanto as virtudes, que não são poucos os que se detiveram a pensar sobre elas. Um dos maiores escritores de todos os tempos, William Shakespeare, se expressa veementemente na frase: “Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez”. Os homens que mais reclamam da sua sorte são, invariavelmente, de caráter duvidoso, de comportamento ético variável, de decisões circunstanciadas pelo calor da ira, pela vaidade de sempre se sobreporem aos demais.
A Bíblia nos ensina, por Jesus Cristo, que “O homem bom do seu bom tesouro tira coisas boas, e o homem mau do seu mau tesouro tira coisas más” Mateus 12:35. O nosso texto inicial afirma que “o homem bom e honesto recebe uma bênção após a outra”. Este relato não é uma ficção ou conseqüência de qualquer religiosidade; é, isto sim, uma Lei de Deus estabelecida: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá. Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos” Gálatas 6:7-9. Muita coisa ruim tem ocorrido todos os dias neste mundo porque os maus parecem prevalecer, entretanto, o bem sempre há de sagrar-se vencedor. Jesus Cristo já venceu todos os males por nós e, nEle, “somos mais vencedores” Romanos 8.37. Convém, portanto, que a nossa vida esteja continuamente em harmonia com os ensinamentos do Senhor, de modo que as virtudes do Pai, que estão no Filho e no Espírito, também estejam em nós. Foram estas as palavra de Jesus aos seus discípulos: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” João 13.15. Finalmente, de alguém que viveu muito próximo do Mestre, ouvimos a seguinte declaração: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” Tiago 4:17. 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013


A MANJEDOURA, A COROA E A CRUZ
Pr. Raul Marques 

V
alho-me das palavras de Paulo: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê...” (Romanos 1.16a) todas as vezes em que vejo, ouço ou leio sobre os crimes teológicos que são cometidos contra o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo, sobretudo porque hipnotizam e carregam consigo multidões de incautos, sinceros na fé, porém rasos de entendimento. Não há como duvidar do poder de Jesus Cristo, que nos ensina há séculos um modelo de vida incomparável diante de tudo o quanto já se escreveu sob o céu!
Não é à toa que está escrito: “Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a sabedoria o entendimento dos entendidos. Onde está o sábio? Onde o escriba? Onde o questionador deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo pela sua sabedoria não conheceu a Deus, aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação os que crêem” (I Cor 1.18-21).
A Igreja de Jesus Cristo não é lugar de agiotagem, de barganha, de escambo ou coisa que o valha. A Igreja do Senhor Jesus é, por assim dizer, um grande Tanque de Betesda, um pavilhão da misericórdia de Deus onde se ajuntam os necessitados, os doentes, os pecadores, os de alma suja, os fracos, os sem ânimo, os decepcionados, os desiludidos com as regras deste mundo caído. Neste pavilhão são encontrados os significados para a vida, a alegria que não pode ser comprada, o caráter, o respeito e a dignidade para os quais o Pai das Luzes nos fez.
A Casa de Deus não é agência lotérica, que é aberta para vender a sorte. O Deus da Igreja de Jesus Cristo não é ganancioso, nababesco, exibicionista ou maquiavélico. A Igreja de Jesus Cristo nasce numa manjedoura, lugar que se reservavam para a alimentação dos animais. Diante dela são colocados ouro, incenso e mirra, que nem a história conseguiu ofuscar a singeleza e simplicidade do seu profundo significado. A Igreja de Jesus Cristo se desenvolve em torno da sabedoria de um homem-Deus que recebe sobre si uma coroa de espinhos e não de pedras preciosas. Ela esvazia todos os significados de reino da opulência e se mostra traduzindo em si todo o sofrimento humano posto sob a cabeça de um rei manso e humilde que veio para nos redimir do pecado e nos reconciliar com Deus!
A Igreja de Jesus Cristo, finalmente, ao contrário de tudo o quanto se prega sob a égide da prosperidade material, falaciosa e sem escrúpulos, é definitivamente concluída e mostrada a toda a humanidade perdida, numa Cruz que atrai para si um dualismo de poder e fraqueza, um inimaginável diálogo entre fé e razão, bendição e maldição, pecado e santidade, capazes de enternecer os mais endurecidos corações. Obrigado, Senhor, por me fazer entender aqueles que ainda não compreendem o escândalo da cruz, e orar para que, enfim, recebam de Ti o verdadeiro sentido e significado porque "Pregamos a Cristo crucificado, o qual, de fato, é escândalo" (1Co 1.23).     

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


A DESCONSTRUÇÃO DA IGREJA
Pr. Raul Marques

Até que o Senhor Jesus volte para levar consigo a Sua Igreja gloriosa, teremos muito ainda que caminhar! A Bíblia nos informa que Jesus não voltará até que todos o tenham conhecido: “Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará, mas aquele que perseverar até o fim será salvo. E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mt 24.12-14). Penso que estamos assistindo a desconstrução da igreja que foi idealizada por Jesus... Será que estamos ouvindo ser pregado o mesmo Evangelho de que Jesus pregou? Tenho por certo que Jesus falava com Pedro sobre uma igreja indestrutível, alicerçada sobre o Cristo de Deus, a Rocha: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16:18). Não obstante a certeza de que a igreja de Jesus jamais poderá ser destruída, há uma crescente tendência à sua desconstrução e à sua descaracterização.
Encontro com muita facilidade pessoas desigrejadas, que perderam a simpatia pelas causas do Evangelho, tal como os povos têm perdido a esperança na política e, sobretudo, nos políticos. São pessoas feridas e decepcionadas que não conseguem mais vislumbrar qualquer semelhança entre teoria e prática. Tudo isto tem sentido nas palavras de Jesus: “Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará...”, contudo, felizmente Ele prossegue: “mas aquele que perseverar até o fim será salvo”.
Onde deveria ocorrer sinergia, há disputa; onde deveria ocorrer gratuidade, há exploração; onde deveria estar a sacralidade, há o circo; de onde deveria nascer a liberdade, grassa a escravidão mental; do proveito coletivo, nasceu a obsessão pessoal e, sobre a miséria das multidões foram construídas arquiteturas monumentais e fortunas inomináveis...
A igreja não nasceu para vender ilusões; ela foi criada para manifestar a Verdade e a Glória de Deus. O cabeça da Igreja é Cristo. O apóstolo Paulo nos avisa que “temos a mente de Cristo” (I Cor 2.16), no entanto, as manifestações da “igreja” em nossos dias têm mostrado uma profunda amnésia cristã e uma indescritível cauterização das mentes. Jesus Cristo “veio buscar e a salvar o que se havia perdido” (Lc 19:10); a igreja moderna está buscando perder-se na desconstrução dos ideais de Jesus Cristo, sob os pretextos mais diversos e difusos. Perdoa-nos, Senhor Jesus, pois somos grandes pecadores, mas, põe-nos de volta no caminho do primeiro amor. Porventura não é a nós que falas: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; e se não, brevemente virei a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres” (Ap 2:4-5). Apieda-te, Senhor, de todos nós!      

sábado, 2 de fevereiro de 2013


A PEDRA...
Pr. Raul Marques


T
radicionalmente vem-se a dividir a Idade da Pedra em Paleolítico (ou Idade da Pedra Lascada), com um sistema econômico de caça-coleta, e Neolítico (ou Idade da Pedra Polida), no qual se produz a revolução para o sistema econômico produtivo e sedentário: agricultura e pecuária. Há um período intermédio chamado de Mesolítico, no qual usavam, ao mesmo tempo, instrumentos de pedra lascada e pedra polida. Os três períodos, por sua vez, encontram-se subdivididos” (Wikipédia).
De acordo com a Bíblia as primeiras Leis escritas foram estampadas em pedras: os dez mandamentos, que foram entregues a Moisés para divulgação com o seu povo. Naquele Livro, a pedra tem significações muito importantes e servem como designação e inspiração para todas as gerações posteriores. Foi da pedra que Moisés extraiu água para matar a sede. Foi com uma pedra que o pequeno Davi livrou o seu povo do cativeiro dos filisteus. Foi com o exemplo da pedra que Jesus Cristo demonstrou o Seu profundo senso de justiça ao livrar da morte por apedrejamento uma mulher vítima e algoz de si mesma, que foi posta sob a execração pública. Jesus usou a pedra como símbolo de sua firmeza e da sua inabalável conduta moral e espiritual. Os seus discípulos afirmaram e reproduziram com convicção que Ele era a pedra angular, aquela que aponta para uma edificação estruturada para sempre.
No entanto, a pedra ganha outros significados nas mãos humanas. No século XIX, nasceu em engenho de Cruz do Espírito Santo, o mais destacado poeta paraibano, Augusto dos Anjos, que afirmou em um dos seus mais famosos sonetos, Versos Íntimos: “A mão que afaga é a mesma que apedreja”. Um pouco mais adiante, no século XX, nasce em Itabira, Minas Gerais, um dos mais cotejados poetas contemporâneos, Carlos Drummond de Andrade, que dentre tantas coisas profundas e belas que escreveu não se conteve ao desabafar que “No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho. Tinha uma pedra, no meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento, na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho. Tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho. No meio do caminho tinha uma pedra” (No meio do Caminho).
Cresci ouvindo as pessoas dizerem que quando alguém está em dificuldades, está com uma pedra no sapato. Quando duas pessoas não se dão muito bem se constituem uma pedra no caminho da outra. Quando alguém é considerado insensível é porque tem um coração de pedra... Enfim, quem não tem a sua pedra dos significados?
Quando Jesus evitou o apedrejamento daquela mulher que foi denunciada por adultério, que pedras Ele evitou que fossem atiradas sobre ela? A pedra da falsa santidade? A pedra da justiça mascarada? A pedra da censura em favor de interesses escusos? A pedra da falta de misericórdia e amor? A pedra da religiosidade hipócrita? A pedra da supremacia masculina sobre a fragilidade feminina? Afinal de contas, com que tipos de pedras mais lidamos hoje em dia? Quem ainda não esteve sob a mira de muitas destas pedras?
Temo muito que tenhamos involuído tanto, ao ponto de sairmos da era do Homem da Pedra para a era do Homem de Pedra. Que Deus tenha misericórdia de todos nós!   

sábado, 5 de janeiro de 2013


DIVAGAÇÕES DA MEIA-IDADE...
Pr. Raul Marques

“Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento...”
Eclesiastes 12:1

H
oje me veio à memória um desabafo feito por um amigo, nos idos da  minha juventude: “Ah! Como eu queria ser o Super Homem... Eu acabaria com todo tipo de maldade!”. Quando a gente é jovem tudo é muito lúdico e muito mágico; toda utopia nos parece muito real...
Estou recém chegado na casa dos cinco primeiros anos depois do primeiro cinquentenário  Isto também é lúdico e mágico. É quase óbvio que a gente começa a ter consciência das coisas como quem está lendo um livro do fim pro começo: fica mais claro o que vem adiante... Parece que a vida é uma história que já ouvimos ser contada por nossos pais e avós. A consciência e a responsabilidade são muito maiores que a força física. A capacidade da argumentação não anda pari passu com as ações e reações do corpo. A primeira fica mais arguta, enquanto as outras vão se tornando sempre mais suaves. É exatamente neste período que tomamos ciência da realidade humana tão perecível e fragmentada. É aí que encontramos mais visíveis as nossas inquietações, e mais numerosos os nossos limites.
Cheguei no tempo de entender com maior exatidão que “não é dos fortes a vitória, nem dos que correm melhor, mas, dos fiéis e sinceros como nos diz o Senhor”. Não tenho mais pressa para ser feliz amanhã, a felicidade de hoje me basta. Não ambiciono os anos de Matusalém (Gênesis 5:27), na exata proporção de não ter sido um aborto. Quero simplesmente viver a parte que cabe na completa dependência de Deus, realizando as obras que Ele me confiar, dirigindo-me às pessoas à quem Ele me indicar, levando-lhes “a paz que excede todo o entendimento humano(Filipenses 4.7), ajudando-lhes na travessia desta ponte sublime e deslumbrante chamada Vida. Não quero descer às profundezas com um escafandro, mas, ao contrário, elevar cada dia mais o meu olhar para o alto, de onde me vem o socorro (Salmos 121), sem lentes artificiais ou tridimensionais; quero desfrutar da transcendência e da imanência sem delírios e sem overdoses de fé... Quero as minhas vestes na justa medida que o Senhor as fez. Desejo ser visto com as marcas reais do meu tempo, sem maquiagens e sem foto shop. Posso até ter pintas de herói aqui e ali, mas agora, somente para a minha netinha e gente da sua idade, não mais que isto.