Pr. Raul Marques
A nossa vida é, toda ela, pautada nas escolhas que fazemos. Das nossas escolhas dependem o nosso presente e o nosso futuro. Encontramo-nos todos os dias diante de uma bifurcação existencial e temos que decidir com sabedoria e segurança o lado para o qual devemos prosseguir. É certo que nem sempre acertamos nas nossas decisões e escolhas, entretanto, mesmo não acertando o alvo, precisamos aprender com os erros para desviarmos a nossa atenção daquilo que tenta nos destruir. Existem vários tipos de erros: ocasionais, involuntários, determinados, circunstanciais e, o que é pior, fatais. De quase todos podemos nos safar e evitar o fim da nossa história; outros, infelizmente, determinam a extinção dos nossos sonhos, do brilhantismo das nossas idéias, apagando a nossa existência e determinando a nossa descida até o caos.
Deus nos criou absolutamente livres, dotados de plenos direitos de escolha, mesmo que a nossa decisão implique em não aceitá-lo como Deus, Criador e Mantenedor de tudo o que existe. Ninguém é obrigado a crer em Deus, mas todos somos responsáveis pelas decisões e escolhas que fazemos e não podemos, jamais, fugir das conseqüências dos nossos atos. É exatamente por isso que a Bíblia nos adverte: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” Gálatas 6.7. Irremediavelmente as nossas ações presentes irão corresponder à nossa colheita futura. Se atos bons, bonança; se ventos, tempestades! Certa vez Jesus encontrando-se com os seus discípulos, ensinou-os dizendo: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas. Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis” Mateus 7.12-20. As nossas escolhas produzem resultados bons ou maus, e delas dependem uma vida de paz ou de guerras.
Estamos, portanto, diante de duas portas: uma estreita e outra muito larga. Nunca será fácil passar por lugares apertados. Não é simples tomar decisões certas em momentos turbulentos, mas requer sabedoria, maturidade e coragem. As portas mais espaçosas são muito vislumbradas; dão-nos a impressão de que se todos estão indo por ela é porque é a melhor escolha. As facilidades embriagam, as dificuldades oportunizam maturidade. Um namoro facilitado produz um casamento inoportuno. É muito importante sabermos a porta pela qual devemos entrar, e esta é uma decisão pessoal e intransferível. Há sempre uma porta certa aguardando uma atitude certa. A porta das nossas decisões tem nome e tem medidas. Disse-nos Jesus: “"Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, E ENTRARÁ, E SAIRÁ, e achará pastagens" João 10:09. Ela é estreita, mas assegura-nos a liberdade; não é fácil o seu acesso, mas assegura-nos o descanso. Você gostaria de tomar uma decisão acertada hoje? Existe uma porta incomparável. Peça-a, busque-a, e bata-a. Jesus lhe assegura o acerto desta decisão: “Por isso, vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. 10 Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate abrir-se-lhe-á” Lucas 11:9. A decisão é sua.