sexta-feira, 1 de março de 2013

VIRTUDES
Pr. Raul Marques


Virtude é uma disposição estável em ordem a praticar o bem; revela mais do que uma simples característica ou uma aptidão para uma determinada ação boa: trata-se de uma verdadeira inclinação. Virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente. A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Segundo Aristóteles, “é uma disposição adquirida de fazer o bem, e ela se aperfeiçoa com o hábito”.
Albert Einstein, a quem se atribui esta frase, disse: “Não tentes ser bem sucedido, tenta antes ser um homem de valor”. O verdadeiro sucesso pessoal, independentemente das conquistas materiais, é precedido de atitudes virtuosas, das marcas acentuadas pelo caráter e, sobretudo, por uma capacidade da personalidade esperançosa, altruísta e honesta de quem espera receber de Deus tudo o que é necessário à vida. Confúcio, por sua vez, ensina: “Quando vires um homem bom tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo”. Para Pitágoras, “a melhor maneira que o homem dispõe para se aperfeiçoar, é aproximar-se de Deus”. Os filósofos avaliavam e consideravam tanto as virtudes, que não são poucos os que se detiveram a pensar sobre elas. Um dos maiores escritores de todos os tempos, William Shakespeare, se expressa veementemente na frase: “Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez”. Os homens que mais reclamam da sua sorte são, invariavelmente, de caráter duvidoso, de comportamento ético variável, de decisões circunstanciadas pelo calor da ira, pela vaidade de sempre se sobreporem aos demais.
A Bíblia nos ensina, por Jesus Cristo, que “O homem bom do seu bom tesouro tira coisas boas, e o homem mau do seu mau tesouro tira coisas más” Mateus 12:35. O nosso texto inicial afirma que “o homem bom e honesto recebe uma bênção após a outra”. Este relato não é uma ficção ou conseqüência de qualquer religiosidade; é, isto sim, uma Lei de Deus estabelecida: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá. Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos” Gálatas 6:7-9. Muita coisa ruim tem ocorrido todos os dias neste mundo porque os maus parecem prevalecer, entretanto, o bem sempre há de sagrar-se vencedor. Jesus Cristo já venceu todos os males por nós e, nEle, “somos mais vencedores” Romanos 8.37. Convém, portanto, que a nossa vida esteja continuamente em harmonia com os ensinamentos do Senhor, de modo que as virtudes do Pai, que estão no Filho e no Espírito, também estejam em nós. Foram estas as palavra de Jesus aos seus discípulos: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” João 13.15. Finalmente, de alguém que viveu muito próximo do Mestre, ouvimos a seguinte declaração: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” Tiago 4:17.