sábado, 7 de agosto de 2021

 O PROFUNDO AMOR DE DEUS POR NÓS

Pr. Raul Marques

Jesus Chorou” João 11:35

U
m dos textos mais populares e mais expressivos da Bíblia se encontra no Evangelho de João, capítulo 3, e versículo 16: “Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”.  É, certamente, o versículo mais citado na evangelização dos povos, e de onde já foram extraídos os mais relevantes sermões que a humanidade tenha ciência. Nele estão revelados os mais profundos sentimentos de Deus por nós: o Amor, a Graça e a Salvação. 
Jesus Cristo materializou este vaticínio de Deus de maneira extraordinariamente sobrenatural e definitiva. Ele revelou ao mundo em Si mesmo a realidade da fé, a inequívoca prova da existência de Deus, Criador e mantenedor de toda a existência, de todos os seres e de todas as coisas.
Há, no entanto, outro versículo bíblico, que nos revela a profundidade filosófica do seu conteúdo, com a expressão do sentimento do luto de Deus diante da finitude humana. Jesus sempre foi muito bem relacionado socialmente. Sempre teve apreço e afeição por todas as pessoas, inclusive por aquelas que o ignoravam ou até o desprezavam. No capítulo 11 do seu Evangelho, João faz o relato da morte de um homem que era um amigo muito próximo de Jesus, de quem Ele apreciava a companhia e a hospitalidade familiar. 
Ocorreu, portanto, a morte repentina deste amigo chamado Lázaro, quando Jesus fazia a sua peregrinação evangelística. Quando ficou sabendo do fato, Jesus não se deteve diante da morte e, no meio do caminho, cuidou de mais alguém que dele necessitava, até que chegou no velório do estimado amigo. Lá Ele encontrou um quadro aterrador: pranto, desolação, desesperança, solidão e desespero. Diante daquele infausto ocorrido, “Jesus chorou!”; Ele não conteve a emoção e desatou a chorar... A demonstração de Jesus com as lágrimas comoveu a multidão que se aglomerava nas proximidades da casa da família, e mais ainda, diante do túmulo onde fora posto o cadáver do seu amigo.
Nesta expressão aparentemente simples e natural de que “Jesus chorou”, está contida toda a significação do sentimento mais que humano da perda, do luto, da impotência do homem perante a realidade da morte; enfim, do mais concreto descontrole do homem sobre si mesmo. Quando Jesus chorou, Ele expressou a dor mais solitária e mais concreta da humanidade. Ele permitiu que todos vissem a total dependência que temos de Deus. Ele sofreu, não apenas pela concretude da morte física, mas, sobremaneira, pela excrescência do pecado que possibilitou a separação entre a criatura e o Seu Criador. Ele chorou por sentir a indescritível fragilidade humana; Ele lamentou o fato de que ali ninguém percebia quem Ele realmente era; não apenas o homem – Jesus -, mas, o próprio Deus Emmanuel, que tinha um propósito definido naquele lugar que serviria como o símbolo maior e mais significativo a possibilidade de não morrer para sempre. 
Todos ali entenderiam mais tarde o significado de Suas palavras, quando afirmou: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” João 11:25. Você conhece alguém, em toda a literatura mundial, que tenha registrado o Seu amor por cada um de nós com tanta lucidez e verdade? Você conhece alguém que tenha vinda até nós, não para levar consigo o que, por ventura, tivéssemos de bom, mas, para “levar sobre Si toda nossa iniqüidade?”. Jesus fez exatamente isto: “o castigo que nos trás a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados!” Isaías 53.4-5.