quinta-feira, 21 de maio de 2009

COMO AS ESTAÇÕES DO ANO...


Pr. Raul Marques

É incrível como tudo o quanto Deus fez é perfeito! Nada, absolutamente nada, está fora de mutualidade de interação, integração e cooperação. Tudo foi criado com um objetivo muito específico, e por este motivo existe, dentro de uma deliberada interdependência, para que uma parte seja a completude da outra parte, e assim sucessivamente... Vejamos, por exemplo, a imensa semelhança entre a vida individual dos seres humanos e as estações do ano com toda a sua riqueza de conteúdo e circunstância. “Todo mundo já sabe que durante o ano ocorrem quatro estações: Primavera, verão, outono e inverno. As estações do ano acontecem por causa da inclinação da terra em relação ao sol. O movimento do nosso planeta em torno do sol dura um ano. Esse movimento recebe o nome de translação e a sua principal conseqüência é a mudança das estações do ano. Se a Terra não se inclinasse em seu eixo, não existiriam as estações. Cada dia teria 12 horas de luz e 12 horas de escuridão. E como o eixo do planeta terra forma um ângulo com seu plano orbital, existe o verão e o inverno, dias longos e dias curtos. Durante o Verão, os dias amanhecem mais cedo e as noites chegam mais tarde. Ao longo dos três meses desta estação, o sol se volta lentamente para a direção norte e os raios solares diminuem sua inclinação. No início do Outono, os dias e as noites têm a mesma duração: 12 horas. Isso é porque a posição do sol está exatamente na linha do Equador. Porém, o sol, vai continuar se distanciando aparentemente para norte. A partir daí, os raios solares atingem o mínimo de inclinação no início do Inverno, e, ao contrário do Verão, os dias serão mais curtos e as noites mais longas. Então, o Sol vai começar a se deslocar na direção sul. Começando então a Primavera e os dias e as noites terão a mesma duração. Portanto, as estações do ano e a inclinação dos raios solares variam com a mudança da posição da Terra em relação ao Sol. Quando o Pólo Norte se inclina em direção ao Sol, o hemisfério Norte se aquece ao calor do verão. Seis meses mais tarde, a Terra percorreu metade de sua órbita. Agora o Pólo Sul fica em ângulo na posição do Sol. É verão na Austrália e faz frio na América do Norte”. A vida humana também existe em ciclos: na primavera existencial a vida é cheia de flores; os dias não são tão quentes e nem muito frios; há uma enorme manifestação de amor, de produção e de reprodução; no verão, no entanto, um período mais quente é mais comum a busca por lugares frescos, pelos ribeiros de água. Há uma explosão de alegria e nós tendemos a ser mais receptivos; o outono vem com as folhas caindo no chão da nossa existência: são os sonhos que se desfizeram... No inverno, tudo parece muito mais frio; as chuvas são freqüentes e há muita rajada de trovão e relâmpago; nós tendemos à reclusão nesta fase...
Em que período você está agora? Qual a estação existencial que você vive agora? Não importa qual delas venha a ser, o importante mesmo é saber se também em você os ciclos existem porque sua vida gira em torno de Jesus, o sol da justiça; e se esse movimento recebe o nome de adoração, as estações vão e vêm, as mudanças surgem e desaparecem, mas o principal permanece: o amor – cheio de muita esperança e fé – pois este, segundo a Bíblia, jamais acaba!

terça-feira, 12 de maio de 2009

Nós, o fósforo e a vela...

Pr. Raul Marques


Vasculhando os meus alfarrábios encontrei uma ilustração que eu havia guardado desde a época em que fui seminarista, quando a usei numa redação em um dos períodos da disciplina "Português". Foi muito bom reavê-la, sobretudo porque tive saudades dos colegas, do professor, mas, igualmente por que ela me trouxe a uma realidade presente que, embora dura, é profundamente enriquecedora. A Bíblia nos ensina que se a semente não morrer não pode germinar. Isto significa que tudo tem um tempo de vida; tudo tem um ciclo; tudo tem um propósito. Aliás, a Bíblia também nos ensina que há tempo para todo propósito debaixo do céu... Quando reli a fábula do Fósforo e a Vela logo vi luz jogada sobre minhas circunstâncias vivenciadas presentemente. O fósforo, para ser útil em dissipar as trevas, precisa que lhe esfreguem sobre uma lixa incendiária, e assim brilhará até que vire um minúsculo carvão. Para continuar irradiando o seu brilho será necessário que, antes de perecer, ateie o seu fogo numa vela. A vela, por sua vez, será apenas um pequeno rolo de parafina com um pavio central, fria e sem brilho, até que lhe acendam e assim possa iluminar quantos estejam próximos dos seus raios de luz até que, finalmente, derretida complete o seu ciclo de vida, e outra vela seja posta em seu lugar para continuar brilhando.
Assim também é o ciclo de nossas vidas. Ninguém viverá eternamente sem que tenha vida própria. Para que o nosso brilho seja eterno é necessário que tenhamos em nós a fonte de vida eterna; e esta fonte é JESUS CRISTO. Por este motivo Ele disse: "Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim ainda que esteja morto, viverá" (João 11.25). Todos nós recebemos de Deus uma tarefa a cumprir e devemos fazê-lo com a consciência de que ela tem começo, meio e fim. Quantas vezes nos sentimos meio fósforos, meio velas? Se ainda desejamos que o nosso brilho repercuta, é preciso que acendamos outros fósforos que sejam capazes de acenderem outras velas, afinal de contas, disse-nos Jesus ao nosso respeito: "vós sóis a luz do mundo". Que o Senhor nos ajude a entender o início, o meio e o fim de cada uma das tarefas que nos foram confiadas, e cumpri-las com a dignidade do fósforo e da vela, ainda que tenhamos que perecer... Ainda que venhamos nos assemelhar a um minúsculo pedaço de carvão ou a uma gota de parafina derretida... Mais importante será que tenhamos cumprido a nossa parte de modo a ouvirmos do Senhor: “bem está, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor” Mateus 25.21.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O LADO MATERNO DO HOMEM

Pr. Raul Marques
Se existe algo que me deixa extasiado e absurdamente maravilhado, é o fato divino-humano da geração de vida no ventre materno. Não pode existir algo mais sublime e tão complexamente engenhoso! Com esse mesmo sentimento o salmista se expressou quando escreveu o Salmo 139:14 "Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem".
A maternidade é um milagre de Deus: torna as mulheres muito mais bonitas, mais sensíveis, mais frágeis, mais divinas e, sem sombra de dúvidas, mais encorajadoras da raça humana. Através da sensibilidade feminina, sobretudo na gestação, o homem consegue flexibilizar o coração; e, através do fruto do ventre da mulher ele é moldado, de tal maneira que se desencoraja para a guerra e se potencializa para o exercício da paz.
Junto da mulher o homem experimenta o seu lado mãe: ele torna-se capaz de amar com todas as forças do seu coração. Junto da mulher o homem se completa, pois esse é o plano original de Deus. Com o nascimento dos meus filhos eu me vi envolvido na nobreza de ser Pai. Com o nascimento da minha neta, experimentei a sublimidade de ser Pãe, uma forma híbrida de ser pai e mãe. Foram experiências maternas na pele e na alma masculina que Deus criou.
Sempre que me deparo com mulheres grávidas sinto a presença de Deus mais claramente diante de mim. Percebo que nem tudo está perdido. Deste modo posso crer muito mais nos efeitos do amor. A gestação mexe com a minha consciência poética; mexe com a minha aura romântica; mas, mais do que isto, leva-me à majestade infinita de um Deus tão maravilhoso, que na sua graça e misericórdia foi capaz de amar perfeitamente seres tão imperfeitos na sua santidade, tornando-os como Ele, criadores de vida. Que o Senhor conserve sempre em cada homem cristão o lado materno de ser, pensar e agir, ensejando-lhe o caráter e a dignidade de ser homem e de amar.