quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


A DESCONSTRUÇÃO DA IGREJA
Pr. Raul Marques

Até que o Senhor Jesus volte para levar consigo a Sua Igreja gloriosa, teremos muito ainda que caminhar! A Bíblia nos informa que Jesus não voltará até que todos o tenham conhecido: “Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará, mas aquele que perseverar até o fim será salvo. E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mt 24.12-14). Penso que estamos assistindo a desconstrução da igreja que foi idealizada por Jesus... Será que estamos ouvindo ser pregado o mesmo Evangelho de que Jesus pregou? Tenho por certo que Jesus falava com Pedro sobre uma igreja indestrutível, alicerçada sobre o Cristo de Deus, a Rocha: “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16:18). Não obstante a certeza de que a igreja de Jesus jamais poderá ser destruída, há uma crescente tendência à sua desconstrução e à sua descaracterização.
Encontro com muita facilidade pessoas desigrejadas, que perderam a simpatia pelas causas do Evangelho, tal como os povos têm perdido a esperança na política e, sobretudo, nos políticos. São pessoas feridas e decepcionadas que não conseguem mais vislumbrar qualquer semelhança entre teoria e prática. Tudo isto tem sentido nas palavras de Jesus: “Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará...”, contudo, felizmente Ele prossegue: “mas aquele que perseverar até o fim será salvo”.
Onde deveria ocorrer sinergia, há disputa; onde deveria ocorrer gratuidade, há exploração; onde deveria estar a sacralidade, há o circo; de onde deveria nascer a liberdade, grassa a escravidão mental; do proveito coletivo, nasceu a obsessão pessoal e, sobre a miséria das multidões foram construídas arquiteturas monumentais e fortunas inomináveis...
A igreja não nasceu para vender ilusões; ela foi criada para manifestar a Verdade e a Glória de Deus. O cabeça da Igreja é Cristo. O apóstolo Paulo nos avisa que “temos a mente de Cristo” (I Cor 2.16), no entanto, as manifestações da “igreja” em nossos dias têm mostrado uma profunda amnésia cristã e uma indescritível cauterização das mentes. Jesus Cristo “veio buscar e a salvar o que se havia perdido” (Lc 19:10); a igreja moderna está buscando perder-se na desconstrução dos ideais de Jesus Cristo, sob os pretextos mais diversos e difusos. Perdoa-nos, Senhor Jesus, pois somos grandes pecadores, mas, põe-nos de volta no caminho do primeiro amor. Porventura não é a nós que falas: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; e se não, brevemente virei a ti, e removerei do seu lugar o teu candeeiro, se não te arrependeres” (Ap 2:4-5). Apieda-te, Senhor, de todos nós!      

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