No livro do Êxodo encontramos preciosidades históricas que deixam claras as marcas da presença de Deus na vida humana, como em toda a extensão da Bíblia, comprovando que encontros e desencontros não são registros de coincidências aleatórias, senão de providências que cumprem os Seus propósitos. Um deles é este: não nos parece muita coincidência o fato de a filha de faraó estar presente no exato instante em que Moisés, que estava sendo trazido pelas águas, dentro de um cesto, colocado por sua mãe que ansiava livrá-lo da morte determinada a todos recém nascidos hebreus? Se o detalhe fosse apenas este certamente suscitaria a mera coincidência, entretanto, há mais para ser visto e analisado. Como filha de faraó, a moça sabia da ordem severa e dramática do pai ao decretar o infanticídio. Ocorre que Deus, como Senhor da história, dos homens e de tudo o que existe, já havia quebrantado o coração e despertado a índole maternal daquela jovem, de modo que ela não apenas acolhesse a criança abandonada no cesto, mas também procurasse entre as hebréias alguma mulher que lhe servisse de ama para proteger aquele menino a quem ela acolheu. A outra imediata providência foi tornar coincidente o fato de que a mulher hebréia escolhida seria exatamente a própria mãe biológica de Moisés. Estes são apenas detalhes da ação soberana de Deus.
Mas, e conosco, essas providências também se dão? Neste final de semana que passou fui confrontado com algumas situações interessantes que me levaram a agradecer ainda mais a Deus pelos seus atos de providência com relação às capacitações pastorais que Ele me tem confiado. Primeiro, ao ser convidado para proferir palestra sobre Educação e Família numa Escola do município, deparei-me, ao final do nosso encontro, com uma professora que mesmo não fazendo parte da membresia de qualquer igreja evangélica, quebra o silêncio reinante no final da palestra, e pede: “Pastor, você poderia cantar o hino “Corajosos”, esta era a canção que mais ouvia de meu pai quando eu era ainda uma menina, e numa mais esqueci!”. A minha esposa, Aloísia, foi até o carro e me trouxe o hinário, e cantamos juntos para alegria de todos, que repetiram o refrão com facilidade.
No dia seguinte, fomos a outra comunidade para também conversarmos sobre a Paternidade, e, ao final, uma mãe se dirigiu a mim como o seu filho de mais ou menos 5 anos, e me disse: “Pastor, o meu filho nunca foi a nenhuma igreja evangélica, mas ele sempre diz que tem vontade de ser crente”. Eu abracei aquele garotinho e lhe prometi presentear com uma Bíblia. Hoje, ao chegar numa panificadora, fui chamado por uma senhora educada e risonha que acabara de entrar, e de pronto ela me disse: “O senhor é o Pr. Raul? Eu disse: “Sim!”. Então ela acrescentou: “O pastor fulano de tal pediu-me que eu entrasse em contato com o senhor, já que ele reside em outro Estado, para convidá-lo a assumir um trabalho que está em andamento na cidade tal...”. No final da conversa ela disse aliviada: “Ai, graças a Deus eu encontrei o senhor!”. Quando Deus tem um propósito a ser realizado através das nossas vidas, Ele nos guarda e livra. Se Deus tem algo a realizar através da sua vida, Ele lhe guardará e livrará até que seja cumprida a missão por Ele determinada. “Ele é a Rocha cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos juízo são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é” Deuteronômio 32:4. Prefiro acreditar que em todos esses casos Deus está falando comigo através da Sua Providência, apesar de tantos sinais de coincidência. A Ele a glória!
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