segunda-feira, 15 de março de 2010

AMIGOS? Até onde interesse...


Pr. Raul Marques

Verdadeiros amigos não se traem! Na amizade verdadeira há respeito e consideração. Entre amigos de verdade não há dúvidas ou covardias. A verdadeira amizade sobrevive às crises, às maledicências, e às adversidades. Amigos, afinal, existem de verdade? Na história humana há muita coisa narrada sobre amigos; há muitos registros de verdadeiros amigos, mas há, igualmente, muita história de traição, falta de zelo e respeito entre pessoas que se diziam recíprocas nas relações de amizade. Uma história que vale a pena ser lembrada como exemplo de amizade verdadeira, é aquela entre Davi e Jonatas, relatada em I Samuel. Amigo verdadeiro é aquele que é capaz de livrar você da morte. Não apenas da morte física, mas da morte dos sonhos, da morte do entusiasmo e empreendedorismo. A amizade sincera não é influenciada por circunstâncias forjadas, nem por mentiras construídas com a intenção de destruir somente. O verdadeiro amigo defende; se exime de acusações levianas. O verdadeiro amigo se revela ainda mais quanto maior for a dificuldade enfrentada. O amigo fiel não apaga com a esponja da maldade aquilo que afirmava escrever com a tinta da verdade. Aquele que é amigo não age de acordo com as circunstâncias, mas de acordo com a sua consciência fraterna.
Na Bíblia também encontramos outra relação de amizade que merece destaque, menos pela verdade e muito mais pela mentira e pela hipocrisia: é o caso de Judas, que demonstrava alguma amizade por Jesus e seus discípulos, e traiu a todos inescrupulosamente. Judas foi amado por Jesus tão intensamente que ocupou lugar de destaque administrativo na condução do ministério evangelístico dele. Foi escolhido entre tantos para gerir recursos que pudessem abençoar multidões de necessitados. Foi chamado para conviver diariamente com o Mestre dos mestres; o Senhor dos senhores! Comeu com Jesus, desfrutou dos privilégios de sua amizade, compartilhou dos seus ensinos, viu de perto como Ele realmente era; mas, afinal, não foi suficientemente amigo: com um beijo escandaloso o traiu! Vendeu suas convicções! Destruiu os seus próprios valores! Envergonhou a muitos para, finalmente, cheio de remorsos, cometer o tresloucado suicídio. Foi amigo de Jesus até onde lhe interessou...
Pois é, essa história tão triste e tão marcante se repete no cenário da existência humana. Quantos amigos (?) ainda trairão suas convicções, sua fé, seu discurso e seus relacionamentos em favor de interesses escusos e projetos efêmeros? Seja lá como for, devemos aprender muito desses fatos, mas, mais ainda daquilo que nos ensinou Jesus quando orou ao Pai pelos que lhe crucificaram: “Pai, perdoa-lhes, por que eles não sabem o que fazem!”.

Um comentário:

sindicato da notícia disse...

Meu homônimo, como dizia o Bispo Robert (leia-se Roberto) McAlister da Igreja Cristã Nova Vida, na Rádio Relógio, na qual trabalhei, que Deus vos abençoe rica e abundantemente... Sou jornalista e radialista. É um prazer ler seu blog