domingo, 14 de dezembro de 2008

QUE NATAL É ESSE?


A Bíblia relata que uma estrela serviu de guia para levar alguns homens que viajaram desde o Oriente até a cidade de Belém para honrarem aquele que acabara de nascer: Jesus, o Filho do Deus Altíssimo. Eles viajaram dias e noites a fio até que chegassem ao lugar de destino. Eles visitariam o Rei dos reis; o Senhor dos senhores. Chegariam, enfim, ao Príncipe da Paz; Conselheiro; Deus Forte; Pai da Eternidade, e diante dele colocariam os presentes que carregavam consigo: ouro, incenso e mirra. Estes presentes tinham significado. Não eram simplesmente objetos de consumo; eram símbolos de honra, glória, poder e majestade. Tudo isso seria posto diante do Rei Eterno e Imortal: Jesus, o Cristo.
Passados todos esses pouco mais de dois mil anos, o quadro da anunciação do Natal mudou completamente. A estrela de Belém foi trocada pelas estrelas terrenas. No Natal de Jesus os primeiros homens que souberam do seu nascimento eram pastores do campo, gente simples, pacata, recatada, sem nenhuma ambição de consumo, sem nenhuma pretensão de grandeza. Estamos nos aproximando de mais um período natalino em que dizemos comemorar o nascimento de Jesus. Mas, afinal, que Natal é esse? Os presentes que carregamos conosco são pra Jesus? Que significados têm os nossos presentes? Que simbologia têm os nossos presentes para Deus? Qual o sentido da nossa caminhada, atravessando desertos, noites e dias, até que cheguemos a Belém? Que Natal é esse que não contempla mais os pastores do campo, que não tem mais manjedoura, nem hospedaria?
Será que é Natal nas favelas das nossas cidades? Será que é Natal na consciência dos políticos? Será que é Natal na ganância dos empresários? Será que é Natal na indiferença dos religiosos? Será que é Natal para o verdadeiro cristianismo? O que Jesus espera receber de cada um de nós neste período? Que espírito hoje habita em nós? Por favor, apaguem as luzes porque é Natal. O verdadeiro Natal só pode ser visto com as luzes apagadas, deixando brilhar a estrela sobre a Belém existencial dos homens!

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