Andar com Jesus é andar literalmente na contramão deste mundo. Todos os que se dispuserem a segui-lo devem estar cientes de que não poderá faltar-lhes coragem para enfrentar inimigos gratuitos que se levantarão ao longo da caminhada. Não devem criar expectativas de que os aliados serão muitos, pelo contrário, serão poucos, aliás, muito poucos: pouquíssimos, finalmente! Não devem alimentar a ilusão de que, pelo fato de estarem no barco com Jesus, as tempestades não virão. Não deverão relaxar por saberem que Ele já multiplicou pães e peixes, pois foi Ele mesmo que afirmou que “nem só de pão viverá o homem”. Não poderão, jamais, baixar a guarda, uma vez que “o Diabo está sempre em derredor buscando a quem possa tragar”. Temos todos que estar em sintonia plena com Ele, sabendo que nos seus ensinos está incluída a máxima: “No mundo tereis aflições, mas, tende bom ânimo, eu venci o mundo”.
Jesus contraria as regras habituais deste mundo. Quase sempre as pessoas decidem seguir as multidões: muitos tendem ao entusiasmo pelas equipes que têm maior torcida; vão aos shows cujos artistas atraem mais platéias; usam as grifes que estão na boca do povo; pensam e agem pelos ditames da mídia; votam pela massificada propaganda; enfim, cultuam divindades que estiverem na moda, independente de saberem que deus estão adorando. Diferentemente, o Senhor Jesus evita todas essas tendências e instala a maior revolução – pela paz – de todos os tempos, através de um pequeno grupo de doze homens, seus primeiros discípulos. Jesus Cristo, o Mestre de todos os mestres, dá-nos uma lição da maior grandeza quando afirma: “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mateus 7.13-14). Além disso, Ele acentua: “Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos” (Mateus 22.14). Muitos afirmavam estar seguindo Jesus; multidões desejavam segui-lo por vários propósitos, como também o fazem hoje. Quando, porém, viram-no preso e ameaçado de ir para a cruz, todos fugiram, cada um com sua justificativa. Ele, entretanto, já cravado no madeiro, antes de expirar, clamou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23.34). Onde estavam, pois, as multidões?
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