quarta-feira, 9 de março de 2011

SE TODAS AS MULHERES AMASSEM MARIA...

Pr. Raul Marques

A Bíblia nos ensina que “a boca fala daquilo que está cheio o coração” Mt 12.34. Em quase todos os lugares ouvimos pessoas repetirem frases de efeito numa expressão de louvor ou devoção a Maria, mãe de Jesus. O que nos intriga muito é a incongruência que aflora entre a devoção e a verdade da devoção. Por favor, não estou tratando de idolatria relativamente a Maria, mas, isto sim, do respeito e da admiração que muitos dizem ter para com ela, sendo contraditórios na prática.

Maria, mãe de Jesus, é um exemplo de dedicação familiar; de apego à fé e às causas do Reino de Deus. Maria viveu reverente e santa no sentido mais profundo da palavra: sempre esteve separada para os projetos de Deus. Teve a sua vida completamente exposta às contradições deste mundo, no entanto, não se vendeu às facilidades nem aos atos impúdicos de uma suposta necessidade de auto-afirmação. Foi uma moça pobre, prometida a um rapaz igualmente pobre, que viveu numa cidadela insignificante tendo, contudo, recebido a atenção de Deus que lhe cumulou de graça e favores divinais, tornando-a “bem-aventurada” por todas as gerações. Assim sendo, os que dizem devotar a Maria tanto respeito e admiração, têm o coração cheio de contradições, visto que na prática estampam outras coisas.

SE TODAS AS MULHERES AMASSEM MARIA, certamente não se permitiriam seduzir pelos ícones do cinema – vilões transformados em heróis -, pelas insinuações das telenovelas, pelos cifrões dos reality shows, que travestem o pecado da prostituição em virtude social; não se deixariam levar pela força da mídia que proclama o aborto como um valor social; não se deixariam expor nas capas de revistas masculinas que, em última instância, irão decorar banheiros públicos, oficinas mecânicas, bancas de jornal ou gavetas de executivos.

SE TODAS AS MULHERES AMASSEM MARIA, os crimes de violência contra as crianças, contra a família e contra a própria mulher não teriam tanto lugar e evidência. Não teríamos tantos casamentos destruídos; não teríamos tantos jovens lançados no fosso das drogas; não teríamos tanto desprezo pelas causas da fé.

Claro que não estou tentando dizer que tudo o que de mal existe principia na mulher, uma vez que tudo seria igualmente diferente se todos os homens amassem José, esposo de Maria, homem temente a Deus e cheio de virtudes. Todos precisamos nos espelhar em exemplos que nos permitam viver como tal. É certo que as mulheres ganharam projeção e espaço merecidos na sociedade moderna. O que lamentamos hoje, no mês em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, é a pouquíssima relação entre a afirmação de proclamar amor e devoção a Maria, e a sua negação na prática de vida que levam. Ah, se todas as mulheres amassem Maria!

terça-feira, 8 de março de 2011

Homenagem às Mulheres
É preciso mais que palavras...

É preciso amá-las!


Que Deus abençoe a todas as mulheres, tornando-as felizes simplesmente porque são MULHERES!













terça-feira, 1 de março de 2011

PLENOS DE DEUS

Pr. Raul Marques

Pois todos nós recebemos da sua plenitude, e graça sobre graça. Porque a lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo João 1.16-17.

Não foi sem motivo que o salmista exultou de alegria e com satisfação exaltou a Deus, dizendo: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho” Salmo 119.105. O enlevo que nos traz ao coração, o gozo espiritual, o contentamento e a paz que sentimos através da leitura da Bíblia são, com toda certeza, algo sobrenatural. A certeza de que Jesus, o Filho do Deus vivo, não é patrimônio privado de nenhuma religião, senão o “pão que desceu do céu” João 6.33, dado a toda a humanidade para que “todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” João 3.16, nos enche de júbilo e nos torna aptos para a celebração da vida e das vitórias.

Refletindo no primeiro capítulo do Evangelho Segundo João, saltou-me aos olhos um trecho que me encheu de alegria o coração mais uma vez: “De sua plenitude, com efeito, todos nós recebemos, e graça sobre graça” v. 16. Fiquei absolutamente maravilhado “porque Deus amou o mundo de tal maneira” que através deste amor nós somos atraídos para Ele para que recebamos um presente, uma vez que Ele nos “deu o Filho Unigênito”. Cristo é nosso, é de todos os que crêem. Ele é o nosso mais valioso presente. Com Cristo recebemos graça sobre graça e nos tornamos plenos de Deus. Se tivermos fome ou sede, Ele nos diz: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede” João 6.33. Se estivermos presos, sem saída para as nossas inquietações, Ele proclama: “Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem” João 10:9. Se, de outro modo, estivermos sem alguém que nos ouça e conforte, Ele nos chega para dizer: “Eu sou o Bom Pastor: conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas me conhecem. Assim como o Pai Me conhece, também Eu conheço o Pai e dou a Minha vida pelas Minhas ovelhas. Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco e também tenho de conduzi-las; ouvirão a Minha Voz e haverá um só rebanho e um só pastor" João 10.14-16. Se estivermos em aflição por causa das dores deste mundo, Ele nos vem aconselhar, dizendo: “...Por isso, eu vos advirto: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer, nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Porque a vida é mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes Lc 12.22,23; “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e meu fardo é leve" Mateus 11.28-30.

Finalmente, se por algum motivo acharmos que ninguém tem apreço por nós, que todos nos abandonaram, e que Deus não tem visto o nosso sofrimento silencioso e solitário, é muito bom não nos esquecermos do que Ele mesmo prometeu: “E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" Mateus 28:20. Todas essas providências são parte da plenitude de Deus sobre todos nós; são parte da graça sobre graça que Ele já dispôs sobre nós. Sendo assim, “Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor” Oséias 6.3.