Tão jovens e já tão cansados
“Como assim cansado? Mas é tão jovem!”. Qual jovem de hoje não ouviu essa exclamação de alguém mais velho? A geração passada já percebeu que os jovens andam muito cansados, parece que não são como a juventude de seu tempo, que esbanjava força e vigor.
Será que somos preguiçosos, passivos, indolentes? Em nossa defesa, venho lembrar que minha geração vive num ambiente exaustivo. Somos a geração multi: multitarefa para o mercado de trabalho, multidisciplinar na formação profissional, multimídia, multiconectada 24 horas, com multiestímulos, multinformação para uma só mente processar.
Vivemos uma áurea de imprevisibilidade; é a crise política e econômica, o desemprego, a cobrança pela alta performance, o noticiário desesperançoso. Somos a geração de excessos, nossa mente e olhos, tão jovens, já estão exauridos.
Aprendendo a relaxar
A grande questão é: como encontrar descanso diante desse cenário carregado? Podemos começar lembrando que está tudo bem se sentir cansado mentalmente e espiritualmente. Até os jovens se cansam e se fadigam, nos afirma a Bíblia.
Em tempos da Síndrome de Burnout, também precisamos reavaliar o descanso e o ócio como algo necessário, digno e humano. Quem nunca teve a sensação de que deveria estar fazendo algo útil enquanto tentava relaxar no seu momento de lazer? Estamos hiperligados a todo o instante e quando paramos ainda nos sentimos super culpados. Este é um sintoma doentio de uma sociedade que nos ensinou a perseguir a produtividade.
Nossa geração tem que reaprender a relaxar, desacelerar e não sentir um pingo de culpa por isso. O ócio é extremamente rico e criativo. O descanso compõe o ciclo do trabalho, como bem falou John Steinbeck: “A arte do descanso é uma parte da arte de trabalhar”. Sem falar que é um mandamento de Deus.
Nunca foi tão preciso tirar um tempo off, dar uma pausa no trabalho e nos estudos, ler um livro deitado na rede, tomar um café com um amigo, apreciar o pôr do sol, orar sem pressa, ler a Bíblia longe do celular. São hábitos saudáveis que teremos de retomar para manter nossa integridade mental e física. Especialistas da saúde e da psicologia já alertam que precisamos desacelerar, trabalhar menos e investir mais nos momentos de descontração se quisermos ter qualidade de vida.
E a maior resposta para o cansaço é saber que podemos encontrar alívio naquele que veio para os cansados e oprimidos, para substituir pesadas cargas por fardos leves. Em momentos de exaustão, temos a promessa de receber vigor e novas forças para continuar caminhando.
Em meio a um grave esgotamento emocional, espiritual e físico, Elias recebeu alimento de Deus para renovar suas forças. Ele tirou um longo período de sono na caverna, longe de toda a confusão, enfim descansou. E depois já revitalizado, continuou sua jornada. Descansar durante o turbilhão que se move dentro de você é possível através da paz divina, que somente Cristo pode dar. O Príncipe da Paz nos garante refrigério e verdadeiro descanso nessa terra de aflições, e depois o repouso eterno com Ele em sua morada celestial.
O sábio rei Salomão já em sua velhice percebeu que estar sempre correndo e esgotado é uma triste maneira de viver e uma pura ilusão:
“Dizem que só mesmo um louco chegaria ao ponto de cruzar os braços e passar fome até morrer. Pode ser. Mas é melhor ter pouco nas mãos, com paz de espírito, do que estar sempre com as duas mãos cheias de trabalho, tentando pegar o vento.
Para que é que ele trabalha tanto, deixando de aproveitar as coisas boas da vida? Isso também é ilusão, é uma triste maneira de viver.” (Eclesiastes 4.5,6,8)
Vamos relaxar, pessoal! Viver de verdade e descansar em Deus.
- Cássia de Oliveira, 25. Jornalista formada pela UFRGS
“Como assim cansado? Mas é tão jovem!”. Qual jovem de hoje não ouviu essa exclamação de alguém mais velho? A geração passada já percebeu que os jovens andam muito cansados, parece que não são como a juventude de seu tempo, que esbanjava força e vigor.
Será que somos preguiçosos, passivos, indolentes? Em nossa defesa, venho lembrar que minha geração vive num ambiente exaustivo. Somos a geração multi: multitarefa para o mercado de trabalho, multidisciplinar na formação profissional, multimídia, multiconectada 24 horas, com multiestímulos, multinformação para uma só mente processar.
Vivemos uma áurea de imprevisibilidade; é a crise política e econômica, o desemprego, a cobrança pela alta performance, o noticiário desesperançoso. Somos a geração de excessos, nossa mente e olhos, tão jovens, já estão exauridos.
Aprendendo a relaxar
A grande questão é: como encontrar descanso diante desse cenário carregado? Podemos começar lembrando que está tudo bem se sentir cansado mentalmente e espiritualmente. Até os jovens se cansam e se fadigam, nos afirma a Bíblia.
Em tempos da Síndrome de Burnout, também precisamos reavaliar o descanso e o ócio como algo necessário, digno e humano. Quem nunca teve a sensação de que deveria estar fazendo algo útil enquanto tentava relaxar no seu momento de lazer? Estamos hiperligados a todo o instante e quando paramos ainda nos sentimos super culpados. Este é um sintoma doentio de uma sociedade que nos ensinou a perseguir a produtividade.
Nossa geração tem que reaprender a relaxar, desacelerar e não sentir um pingo de culpa por isso. O ócio é extremamente rico e criativo. O descanso compõe o ciclo do trabalho, como bem falou John Steinbeck: “A arte do descanso é uma parte da arte de trabalhar”. Sem falar que é um mandamento de Deus.
Nunca foi tão preciso tirar um tempo off, dar uma pausa no trabalho e nos estudos, ler um livro deitado na rede, tomar um café com um amigo, apreciar o pôr do sol, orar sem pressa, ler a Bíblia longe do celular. São hábitos saudáveis que teremos de retomar para manter nossa integridade mental e física. Especialistas da saúde e da psicologia já alertam que precisamos desacelerar, trabalhar menos e investir mais nos momentos de descontração se quisermos ter qualidade de vida.
E a maior resposta para o cansaço é saber que podemos encontrar alívio naquele que veio para os cansados e oprimidos, para substituir pesadas cargas por fardos leves. Em momentos de exaustão, temos a promessa de receber vigor e novas forças para continuar caminhando.
Em meio a um grave esgotamento emocional, espiritual e físico, Elias recebeu alimento de Deus para renovar suas forças. Ele tirou um longo período de sono na caverna, longe de toda a confusão, enfim descansou. E depois já revitalizado, continuou sua jornada. Descansar durante o turbilhão que se move dentro de você é possível através da paz divina, que somente Cristo pode dar. O Príncipe da Paz nos garante refrigério e verdadeiro descanso nessa terra de aflições, e depois o repouso eterno com Ele em sua morada celestial.
O sábio rei Salomão já em sua velhice percebeu que estar sempre correndo e esgotado é uma triste maneira de viver e uma pura ilusão:
“Dizem que só mesmo um louco chegaria ao ponto de cruzar os braços e passar fome até morrer. Pode ser. Mas é melhor ter pouco nas mãos, com paz de espírito, do que estar sempre com as duas mãos cheias de trabalho, tentando pegar o vento.Para que é que ele trabalha tanto, deixando de aproveitar as coisas boas da vida? Isso também é ilusão, é uma triste maneira de viver.” (Eclesiastes 4.5,6,8)
Vamos relaxar, pessoal! Viver de verdade e descansar em Deus.
- Cássia de Oliveira, 25. Jornalista formada pela UFRGS
Vamos falar sobre tolerância?
Somos responsáveis por tudo o que falamos. Diz-se que a palavra dita é tão impossível de ser recolhida quanto as penas espalhadas do alto de um edifício. Contudo, a intolerância também se manifesta em atitudes: quando agredimos os idosos, ou negamos direitos a alguém porque sua religião é diferente da nossa, ou excluímos de nosso grupo alguém que tenha um status social diferente, ou rejeitamos uma pessoa pela cor de sua pele ou etnia.
Tolerar não implica em concordar com a perspectiva do outro, mas em admitir que ele tem o direito de pensar, agir e sentir de forma diversa à minha (Houaiss, 2009). Tolerar é respeitar. Todos gostamos de ser respeitados e, por isso mesmo, devemos demonstrar respeito aos que estão ao nosso redor.
O ambiente familiar é o melhor lugar para nos “treinar” na tolerância. Os paladares são diferentes, os gostos musicais diversos, os horários de repouso nem sempre batem, as opções políticas podem ser opostas. No entanto, quando criamos um espaço para que as pessoas possam se expressar e ensinamos o respeito aos direitos individuais ou às regras de convivência, estamos treinando nossos filhos a serem justos com o próximo. Lembre-se: seus filhos não são extensão da sua personalidade. É importante aprender a ouvir suas opiniões. Quem sabe essa não será uma excelente oportunidade para aprendermos um ponto de vista que ignorávamos?
No mundo atual é quase impossível não sofrer intolerância por qualquer motivo, mesmo no ambiente virtual da internet. Como agir em face dela? O melhor é seguir o conselho do apóstolo Paulo: “Nunca paguem o mal com o mal… No que depender de vocês, vivam em paz com todos” (Romanos 12:17). Não é fácil “engolir em seco” a ofensa, mas, se isso nos preserva de conflitos desnecessários, é o melhor a ser feito. Aceite o fato: se alguém não está disposto a mudar de opinião, ele não mudará por melhores que sejam seus argumentos. Você não fracassa quando deixa de persuadir alguém de seu erro. Fracassa quando, para defender sua perspectiva, lança mão de meios que lhe retiram a autoridade para continuar argumentando e o direito de ser ouvido.
Somos responsáveis por tudo o que falamos. Diz-se que a palavra dita é tão impossível de ser recolhida quanto as penas espalhadas do alto de um edifício. Contudo, a intolerância também se manifesta em atitudes: quando agredimos os idosos, ou negamos direitos a alguém porque sua religião é diferente da nossa, ou excluímos de nosso grupo alguém que tenha um status social diferente, ou rejeitamos uma pessoa pela cor de sua pele ou etnia.
Tolerar não implica em concordar com a perspectiva do outro, mas em admitir que ele tem o direito de pensar, agir e sentir de forma diversa à minha (Houaiss, 2009). Tolerar é respeitar. Todos gostamos de ser respeitados e, por isso mesmo, devemos demonstrar respeito aos que estão ao nosso redor.
O ambiente familiar é o melhor lugar para nos “treinar” na tolerância. Os paladares são diferentes, os gostos musicais diversos, os horários de repouso nem sempre batem, as opções políticas podem ser opostas. No entanto, quando criamos um espaço para que as pessoas possam se expressar e ensinamos o respeito aos direitos individuais ou às regras de convivência, estamos treinando nossos filhos a serem justos com o próximo. Lembre-se: seus filhos não são extensão da sua personalidade. É importante aprender a ouvir suas opiniões. Quem sabe essa não será uma excelente oportunidade para aprendermos um ponto de vista que ignorávamos?
No mundo atual é quase impossível não sofrer intolerância por qualquer motivo, mesmo no ambiente virtual da internet. Como agir em face dela? O melhor é seguir o conselho do apóstolo Paulo: “Nunca paguem o mal com o mal… No que depender de vocês, vivam em paz com todos” (Romanos 12:17). Não é fácil “engolir em seco” a ofensa, mas, se isso nos preserva de conflitos desnecessários, é o melhor a ser feito. Aceite o fato: se alguém não está disposto a mudar de opinião, ele não mudará por melhores que sejam seus argumentos. Você não fracassa quando deixa de persuadir alguém de seu erro. Fracassa quando, para defender sua perspectiva, lança mão de meios que lhe retiram a autoridade para continuar argumentando e o direito de ser ouvido.
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Igrejas sem Cristo: será que Van Gogh estava certo?
Não sei se você concorda comigo, mas estou
convencido de que quando admiramos as noites estreladas, temos dimensão do
poder artístico de Deus. Realmente, só quem nunca teve a oportunidade de olhar
para o Céu cheio de estrelas em um lugar sem a interferência das luzes da
cidade, é que não entende a grandiosidade da glória de Deus.
"Os
céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas
mãos." (Salmos 19:1)
As noites estreladas ensinam muito sobre Deus,
sobre a sua magnífica capacidade criativa e sobre como devemos olhar para a
natureza e apreciar não apenas o belo, mas também o bom e o verdadeiro.
Você já notou que nos dias da criação, Deus olha
para o que faz e em vez de primeiro dizer que é belo, diz que é bom? Para ficar
mais claro, que tal nos lembrarmos do primeiro dia da criação?
"No princípio criou Deus o
céu e a terra.
E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o
Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: Haja luz; e
houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as
trevas. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a
manhã, o dia primeiro." (Gênesis 1:1-5)
E este padrão se repete durante toda a criação. Só
para reforçar, vamos agora ver a referência ao Sol e à Lua, no quarto dia:
"E fez Deus os dois grandes
luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar
a noite; e fez as estrelas. E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a
terra, E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as
trevas; e viu Deus que era bom." (Gênesis 1:16-18)
A criação, a exemplo da luz, é não apenas detentora
de beleza, mas também de bondade. Ética e estética se misturam na produção
criativa de Deus. O céu não só é belo, mas também é bom. Ou seja, nunca mais
podemos olhar para a noite estrelada e dizer que é apenas bela, mas também
temos de dizer que é boa.
Como já era mais do que esperado, a beleza do céu
impressionou também e principalmente os artistas. Entre as obras que retratam o
céu, talvez a mais conhecida seja “De sterrennacht”, ou “A Noite Estrelada”, de
Vincent van Gogh:
Gostaria que você, antes de continuar a leitura,
voltasse mais um pouco para a imagem acima e prestasse atenção a todos os
detalhes. Repare no céu que brilha, que está em movimento, que pulsa vida, que
representa por meio da luz a beleza, a bondade e a verdade em Cristo.
Além da noite cheia de estrelas, vemos também uma
cidade, com seus vários prédios. Todos estão sendo iluminados pela luz da
noite, além do que os prédios também ajudam a iluminar a cidade com as luzes
que saem de suas janelas, representando o fato de que o Espírito Santo de Deus
atua em nós para que sejamos canais da luz de Cristo para as outras pessoas,
para que essas também encontrem a verdade.
O cristão deve ser, antes de tudo, luz para o
mundo. E isso o quadro representa muito bem. Mas, espere um pouco! Parece que a
análise não termina por aí. Vamos investigar a cidade mais de perto.
Veja que de todos os prédios parece emanar a luz da
beleza, da bondade e da verdade em Cristo. Mas você está notando que há apenas
um prédio que está na escuridão, que não tem a presença do Cristo? Você
identificou que prédio é este? Sim, é o prédio da igreja.
Vamos trazer a questão para os dias de hoje e para
a nossa realidade: será que a Luz de Cristo não resplandece em alguma igrejas?
Pelo que tenho visto, é possível que sim. Muitas denominações se preocupam com
tudo no mundo mas não com o que é mais importante: ser a luz de Cristo para o
lugar onde estão localizadas.
Estamos vendo muitas igrejas na escuridão, como a
representada por Van Gogh. Há muitas igrejas se esforçando mais em criticar
outras denominações do que em ser fonte de luz para a comunidade em que estão
inserida. Como nunca aconteceu antes, estamos vendo o incentivo às contendas
entre irmãos, à disputa de cargos eclesiásticos, à relativização dos valores
bíblicos. A igreja não pode aceitar transformar-se em simples clube social ou
palanque político.
A igreja que quer ser luz para as pessoas deve
fazer-se uma pergunta a cada manhã: será que se encerrarmos as nossas
atividades, a comunidade em que estamos inseridos e as pessoas que passam por
nossas calçadas sentirão falta de nós? Somente uma igreja que se torna
relevante para a comunidade, que se torna fonte de luz para a salvação da
vizinhança (evangelismo) e para o seu crescimento em Cristo (discipulado) é que
verdadeiramente emanará luz.
O que está faltando para termos mais e mais igrejas
que verdadeiramente iluminem? Nosso papel como cristãos é fazer com que a luz
de Cristo seja acesa nas igrejas, de maneira que a representada no quadro de
Van Gogh seja apenas uma rara exceção. O Reino de Deus precisa de você para
isso. E precisa agora.
Deus abençoe,
Tassos Lycurgo
E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro." (Gênesis 1:1-5)
Um comentário:
Primeiramente, parabéns pela iniciativa do blog meu amigo Raul Marques. De cara, percebe-se que ele nos será muito útil e construtivo, porquanto tem a proposta de fugir do lugar comum.
Quanto ao Natal bíblico, você tem toda razão. Ele já não existe. O Natal contemporâneo é puramente mercantil. Época em que a ganância e a ostentação são protagonistas da iniquidade tão peculiar nos dias atuais. Nesse contexto, atitudes como a sua de trazer à tona esse esquecimento que tomou conta da maioria são louváveis e nos trazem um fio de esperança em dias melhores. Parabéns caro amigo Raul. Que Deus continue te iluminando para que continue nos brindando com artigos de qualidade elevada e divina com este. Um grande abraço.
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