A PEDAGOGIA DA ESPERANÇA
Pr. Raul Marques
"Esperei
com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu
clamor." Salmos 40:1
E
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u sempre me pus profundamente maravilhado com o
processo divinal que há na maternidade! É extraordinariamente encantador
perceber os aparentes contrates das ações de Deus em toda a Sua criação! A fragilidade e candura da mulher são capazes de superar a dor nas mais diversas instâncias; a ingenuidade e inocência
das crianças são capazes de enternecer os
corações mais duros; o simples brilho das estrelas embevecem os
olhares mais céticos; as quase
imperceptíveis gotas da chuva
transformam-se na imponência e força de
rios e mares... Há toda uma pedagogia de Deus na criação.
A impaciência sempre foi inimiga das conquistas. Da
dor lancinante do parto brota o sorriso vitorioso de uma longa espera. Há um
tempo de ansiedade entre o plantio e a colheita. Há uma estrada a ser
percorrida entre o sonho e sua realização. Com o tempo cada de nós aprende o
valor e a necessidade da espera, por mais dolorosa e angustiante que ela se
apresente.
O apóstolo Paulo compreendeu muito bem tudo isto
quando, inspirado por Deus, declarou: “Tendo sido, pois, justificados pela fé,
temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos
entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na
esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas
tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência à
experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão,
porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo
que nos foi dado” Romanos 5:1-5. Nunca é sem custo que aprendemos a
esperar; não porque Deus exija isto de nós, mas a nossa natureza caída e
rebelde não nos deixa relaxar na inquietude, a menos que permitamos a ação
benfazeja do Espírito Santo em nossas vidas.
Ao longo da minha existência tenho aprendido – às vezes,
a duras penas! – que a melhor alternativa em meio às tribulações e
inquietações, é a espera paciente. Para quem não sabe nadar, quanto mais se
debate com as águas, mais se aproxima da morte. Para quem não sabe a saída do
labirinto de perturbações da existência, quanto mais se arvora a resolvê-las do
seu modo, tanto mais difíceis serão as soluções.
Em decorrência destas coisas, vale a pena deter-nos na
experiência do salmista quando, mesmo fatigado e cansado, exultou: “Esperei com
paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor. Tirou-me
dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs os meus pés sobre uma rocha, firmou
os meus passos. E pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus;
muitos o verão, e temerão, e confiarão no Senhor. Bem-aventurado o homem que
põe no Senhor a sua confiança, e que não respeita os soberbos nem os que se
desviam para a mentira” Salmos 40:1-4.
Embora saibamos que a jornada não é fácil e nem as
soluções são simples, podemos confiar em Deus, agindo e vivendo pela fé, como
nos ensina o profeta Isaías: “...mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas
forças. Voam alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e não se
cansam” Isaías 40:31.
Um comentário:
Muito bom a pedagogia da esperança, mesmo em meio a desesperança vale a pena esperar, mesmo quando tudo parece que não há saída, vale a pena esperar àquele que nos ama que estará sempre ao nosso lado...Deus seja louvado pela reflexão, pois ao meu coração ela trouxe paz, certamente ao coração de outros também, Que Deus te abençoe.
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