DEIXANDO DE SER "GABRIELAS"
Pr. Raul Marques
Na canção popular Modinha para Gabriela, o autor afirma: “Eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim: Gabriela, sempre Gabriela!”. Esta é a chamada Síndrome da Dureza Comportamental; isto é, este é o formato da personalidade ou do caráter que se concebe imutável. Não são poucas as pessoas que se incluem neste drama existencial; que não aceitam orientação ou ajuda que lhes propiciem mudanças de atitudes, de ações e de alternativas para serem seres melhores, mais serenos, mais tranquilos, mais flexíveis e que, se aceitando assim, acolham também os outros com maior leveza, sensibilidade e amor.
Ninguém está pré-ordenado a ser sempre o que foi; não há um determinismo clínico ou espiritual, social ou existencial que encaixe as pessoas em sistemas que jamais possam ser alterados. Na Bíblia, por exemplo, o apóstolo Paulo afirma que para alguém provar “qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.1-2), é preciso que haja uma transformação do entendimento, não aceitando simplesmente as coisas deste mundo como situações da predestinação dos seres humanos.
O mesmo Paulo afirma que o homem “deve examinar-se a si mesmo”(I Cor 11.28); este é um estágio de compreensão pessoal para que as mudanças ocorram. Ele parte do princípio de que, como cristãos, por exemplo, não podemos e não devemos ser como fomos: “aquele, pois, que está em Cristo, é nova criatura; as coisas velhas se passaram, eis que todas se fizeram novas” (II Cor. 5.17). Por que, então, somos tão teimosos e aceitamos com despreparo o dilema daqueles que, por não temerem a Deus, insistem em viver como Gabrielas? Será que é verdade que, se nascemos assim temos que morrer assim? É óbvio que não!
Precisamos, portanto, começar a mudar as atitudes! Não fomos chamados para uma vida de “mesmismos”. Deus quer algo diferente de nós. A sociedade espera algo diferente de nós. A Igreja anseia por atitudes e ações diferentes em nós. Como diz a canção do grupo Logos: “A começar por mim, quebra corações...”. Mudar é preciso, é bom e nos faz melhores!
Pr. Raul Marques
Na canção popular Modinha para Gabriela, o autor afirma: “Eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim: Gabriela, sempre Gabriela!”. Esta é a chamada Síndrome da Dureza Comportamental; isto é, este é o formato da personalidade ou do caráter que se concebe imutável. Não são poucas as pessoas que se incluem neste drama existencial; que não aceitam orientação ou ajuda que lhes propiciem mudanças de atitudes, de ações e de alternativas para serem seres melhores, mais serenos, mais tranquilos, mais flexíveis e que, se aceitando assim, acolham também os outros com maior leveza, sensibilidade e amor.
Ninguém está pré-ordenado a ser sempre o que foi; não há um determinismo clínico ou espiritual, social ou existencial que encaixe as pessoas em sistemas que jamais possam ser alterados. Na Bíblia, por exemplo, o apóstolo Paulo afirma que para alguém provar “qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.1-2), é preciso que haja uma transformação do entendimento, não aceitando simplesmente as coisas deste mundo como situações da predestinação dos seres humanos.
O mesmo Paulo afirma que o homem “deve examinar-se a si mesmo”(I Cor 11.28); este é um estágio de compreensão pessoal para que as mudanças ocorram. Ele parte do princípio de que, como cristãos, por exemplo, não podemos e não devemos ser como fomos: “aquele, pois, que está em Cristo, é nova criatura; as coisas velhas se passaram, eis que todas se fizeram novas” (II Cor. 5.17). Por que, então, somos tão teimosos e aceitamos com despreparo o dilema daqueles que, por não temerem a Deus, insistem em viver como Gabrielas? Será que é verdade que, se nascemos assim temos que morrer assim? É óbvio que não!
Precisamos, portanto, começar a mudar as atitudes! Não fomos chamados para uma vida de “mesmismos”. Deus quer algo diferente de nós. A sociedade espera algo diferente de nós. A Igreja anseia por atitudes e ações diferentes em nós. Como diz a canção do grupo Logos: “A começar por mim, quebra corações...”. Mudar é preciso, é bom e nos faz melhores!
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QUANTAS VEZES JÁ NEGUEI A JESUS?
Pr. Raul Marques
Com atitudes estranhas e incompreensíveis todos nós ficamos admirados e surpresos, mas somente quando as vemos nos outros... Parece até que essas coisas nunca ocorrem conosco! Pois bem, foi pensando nisto que me veio imediatamente à memória a triste situação em que se envolveu o apóstolo Pedro com relação à negação da amizade tão estreita que ele tinha com Jesus Cristo. Pior do que a própria situação de Pedro é a situação daqueles que pensam estar imunes a essas tristezas de comportamentos inoportunos e injustificáveis. Pedro torna-se o arquétipo da contradição humana de amar e esquecer num piscar de olhos, quando nega publicamente que tinha conhecimento de quem era Jesus. Ele materializa toda a covardia humana diante da iminência do sofrimento honroso na defesa de causas tão nobres quanto aquelas que foram defendidas por Jesus, custando-lhe, inclusive, a própria vida.
Será que podemos nos excluir do rol daqueles que, como Pedro, traem a Jesus escandalosamente? Será que podemos agora parar por alguns instantes diante da inquietante arguição: “Quantas vezes já neguei a Jesus?”. Se formos bastante sinceros chegaremos a tristes conclusões...
Negamos a Jesus quando nos deparamos com a oportunidade de fazer o bem e não o fazemos. Negamos a Jesus quando temos a chance de ter uma família obediente a Deus e negligenciamos a experiência cristã dentro do nosso lar, deixando que o mundo dite as normas de nossa convivência no lar. Negamos a Jesus quando traímos os nossos irmãos ultrajando a igreja. Negamos a Jesus quando praticamos a nossa fé de maneira automática e superficial. Negamos a Jesus quando transparecemos tanto conhecimento religioso, mas vivemos tão vazios de humildade e simplicidade na fé. Não é que Pedro não gostasse de Jesus; ele simplesmente não foi capaz de demonstrar o seu amor na hora mais necessária. Será que estamos sendo recíprocos e leais com os nossos irmãos? Será que Jesus pode contar conosco? Que Deus tenha misericórdia de todos nós!
Será que podemos nos excluir do rol daqueles que, como Pedro, traem a Jesus escandalosamente? Será que podemos agora parar por alguns instantes diante da inquietante arguição: “Quantas vezes já neguei a Jesus?”. Se formos bastante sinceros chegaremos a tristes conclusões...
Negamos a Jesus quando nos deparamos com a oportunidade de fazer o bem e não o fazemos. Negamos a Jesus quando temos a chance de ter uma família obediente a Deus e negligenciamos a experiência cristã dentro do nosso lar, deixando que o mundo dite as normas de nossa convivência no lar. Negamos a Jesus quando traímos os nossos irmãos ultrajando a igreja. Negamos a Jesus quando praticamos a nossa fé de maneira automática e superficial. Negamos a Jesus quando transparecemos tanto conhecimento religioso, mas vivemos tão vazios de humildade e simplicidade na fé. Não é que Pedro não gostasse de Jesus; ele simplesmente não foi capaz de demonstrar o seu amor na hora mais necessária. Será que estamos sendo recíprocos e leais com os nossos irmãos? Será que Jesus pode contar conosco? Que Deus tenha misericórdia de todos nós!
MANICÔMIOS...
Pr. Raul Marques
Há algum tempo ouvíamos freqüentemente a expressão “Este mundo virou uma imensa Babel!”. Era, talvez, o diagnóstico mais evidente de que estávamos todos perdendo a capacidade do diálogo e do entendimento entre os homens na terra. Tantas coisas já passaram... Vivemos um tempo cada vez mais técnico, mais utilitário e mais anacrônico! Nunca vivemos tanta frieza e desprezo uns pelos outros como temos observado agora... Somos hoje mais de 7 bilhões de seres humanos trancados em manicômios sociais que são denominados estranhamente de Shoppings, Universidades, Estádios, Empresas, Igrejas e Lares da modernidade. Vivenciamos uma esquizofrenia social sem precedentes!
A mente e o coração da humanidade estão enfermos. A nossa espantosa forma de viver hoje me fez lembrar um episódio temerário que eu e minha esposa experimentamos em um dos edifícios mais altos do Rio de Janeiro, quando ficamos trancados por alguns infinitos minutos dentro de elevador onde estavam, mais ou menos, umas 15 pessoas. De repente houve uma interrupção de energia elétrica e a máquina parou entre dois andares: o vigésimo primeiro e o vigésimo segundo. Passados alguns poucos minutos, as pessoas começaram a olhar umas para as outras com espanto e estranheza. Ninguém queria ficar perto de ninguém porque parecia que cada um tomava para si o oxigênio do outro... A coisa foi ficando dramática até que, de repente alguém do Corpo de Bombeiros gritou para que ficássemos tranquilos pois eles estavam providenciando a nossa descida mecanicamente pela brecha que abririam entre um e outro andares. Vejo muita semelhança deste fato com a nossa maneira moderna (?) de viver. Ninguém visualiza o coletivo antes do particular. Estamos juntos, porém, estranhamente distantes. A árvore que dá sombra e que dá frutos agora tem dono. Dizemos viver em sociedade, mas o que importa mesmo é “cada um no seu quadrado”, mesmo que nada façamos para que todos tenham o “seu quadrado”.
A mente e o coração da humanidade estão enfermos. A nossa espantosa forma de viver hoje me fez lembrar um episódio temerário que eu e minha esposa experimentamos em um dos edifícios mais altos do Rio de Janeiro, quando ficamos trancados por alguns infinitos minutos dentro de elevador onde estavam, mais ou menos, umas 15 pessoas. De repente houve uma interrupção de energia elétrica e a máquina parou entre dois andares: o vigésimo primeiro e o vigésimo segundo. Passados alguns poucos minutos, as pessoas começaram a olhar umas para as outras com espanto e estranheza. Ninguém queria ficar perto de ninguém porque parecia que cada um tomava para si o oxigênio do outro... A coisa foi ficando dramática até que, de repente alguém do Corpo de Bombeiros gritou para que ficássemos tranquilos pois eles estavam providenciando a nossa descida mecanicamente pela brecha que abririam entre um e outro andares. Vejo muita semelhança deste fato com a nossa maneira moderna (?) de viver. Ninguém visualiza o coletivo antes do particular. Estamos juntos, porém, estranhamente distantes. A árvore que dá sombra e que dá frutos agora tem dono. Dizemos viver em sociedade, mas o que importa mesmo é “cada um no seu quadrado”, mesmo que nada façamos para que todos tenham o “seu quadrado”.
Vivi recentemente algumas experiências que embasam tristemente esta realidade. Conheci uma jovem de 23 anos, com 3 filhos, acometida de 6 cânceres, que de tanto pavor da morte deixou de depender de 4 doses diárias e controladas de morfina para alívio de suas dores, para tornar-se dependente de mais 50 doses diárias, adquiridas ilicitamente, com traficantes de medicamentos. Conheci um jovem de 25 anos que se tornou dependente químico dentro de um quartel militar. Tomei ciência de que um irmão voltou à lama das drogas e sua família foi desprezada como se não houvesse mais chances de tratamento e do exercício da misericórdia. Vejo pessoas que antes eram ovacionadas, agora escandalosamente expostas ao ridículo, sem o menor arrepio na moral.
Estamos todos dentro de um grande manicômio social! Nunca tivemos tantas pessoas doentes da alma como agora. Nunca se viveu no mundo sob tanta desconfiança e suspeita. A espiritualidade nunca pareceu-nos tão inútil sob tantas regras esdrúxulas e extemporâneas. No entanto, a despeito de todo este caos, a solução está nos ensinos de Jesus, resumidos nesta porção: “Disse-lhes Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas” Mateus 22.37-40. Que o Senhor tenha misericórdia de nós!
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