terça-feira, 31 de agosto de 2010

OU ISTO, OU AQUILO...

Pr. Raul Marques

Você já percebeu como é difícil a convivência com pessoas contraditórias; pessoas que não têm firmeza de personalidade? Uma hora são quietas, outra hora, espalhafatosas; um dia são sensatas, outro dia cruéis; por vezes são sinceras, depois se mostram camufladas, etc. O equilíbrio moral é uma das expressões marcantes dos que se envolvem com Jesus, e chegam a assumir uma postura digna, coerente e imutável adquirida dele.

Quando alguém se converte a Cristo começa instantaneamente a receber todas as virtudes dele. Quando alguém está em Cristo, dizem as Escrituras, é nova criatura, as coisas velhas já passaram, e eis que todas se fizeram novas (II Cor 5.17). A identidade do homem perante Deus tem apenas dois aspectos: ou ela é perfeita, ou ela é distorcida. É perfeita, quando reflete a imagem de Cristo; é distorcida quando revela a face do pecado.

Por isso podemos perfeitamente inquirir: como pode um cristão viver praticando o mal? Se é cristão, não pode haver nele sinais da presença do mal; se, no entanto, ele é do mal, não podemos encontrar nele bem algum, pois, de acordo com Tiago, “porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e amargosa?”. Os sinais mais evidentes na vida de quem já recebeu a Cristo, estão descritos pelo Espírito de Deus através de Paulo, na Carta aos Gálatas 5.19-25: “Ora as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. Mas, o fruto do Espírito, é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne, com suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito”.

É óbvio, portanto, que se somos de Cristo, “devemos andar como Ele andou”. Não é normal ver alguém que diz estar tão próximo de Jesus, com atitudes que nada podem lembrá-lo. É natural que os filhos se pareçam com o Pai, no entanto, ainda que a Bíblia nos ensine que em Cristo fomos feitos filhos de Deus, é possível ver alguns que expressam este fato com palavras, nada, porém com atitudes. Isto é a banalização do Cristianismo. É a coisificação da fé e a negação do Cristo ressurreto. Decida-se: ou isto, ou aquilo!

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